Apesar da desaceleração do mercado, a partir de 2015, a dispeito da queda de investimentos no setor devido a crise econômica no país, o mercado naval continua em alta.
O Brasil possui hoje nove polos de construção naval, o maior deles é o do Rio de Janeiro seguido por Santa Catarina e Pernambuco e Rio Grande do Sul, onde vários tipos de embarcações são produzidos.
A região de Itajaí e Navegantes se destaca neste segmento e desponta no cenário nacional pelo fato de estaleiros e empresas especializadas na construção de navios de apoio às atividade off shore e prospecção de petróleo e gás estarem se instalando nos municípios, em especial PSV´s, AHTS´s e Rebocadores portuários.
Esse fator é um dos motivos do crescimento e desenvolvimento econômico das cidades que viram seus PIBs (Produto Interno Bruto) crescer mais de 50% entre 2009 e 2011, de acordo com o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), acima da média estadual de 30% no mesmo período.
Às margens do rio Itajaí-Açu, se concentra a maior parte das cerca de 70 empresas de construção naval de Santa Catarina. Esse crescimento se reflete na oferta de trabalho.
Principais Estaleiros na área Itajaí / Navegantes
A instalação do Estaleiro Navship e a compra do Estaleiro TWB pela empresa de Cingapura Keppel Singmarine fizeram com que gerasse um investimento bastante significativo nesse segmento em Navegantes.
Assim como o incremento no investimento da empresa Keppel, que gira em torno de R$ 200 milhões, caminhando para se tornar a principal atividade econômica dos municípios, junto com a atividade portuária.
Em Itajaí, destaque para estaleiros como o Detroit Brasil, uma empresa que atua com capital chileno e investe milhões na cidade desde 2002, gerando mais de mil empregos diretos e centenas de empregos indiretos.
Nos últimos anos, o estaleiro do Consórcio MGT formado pelas empresas DM Construtora e TKK Engenharia para construir módulos de uso exclusivo da Petrobras também investiu cerca de R$ 600 milhões com a perspectiva de criar mais de 1.500 empregos diretos.
Os desembolsos do Fundo da Marinha Mercante quase quadruplicaram nos últimos cinco anos, a liberação de recursos do FMM, que totalizou R$ 1,3 bilhão em 2008, atingiu R$ 4,9 bilhões no ano passado, um incremento de 277%.
O lançamento de programas específicos para construção de navios, barcos de apoio e sondas contribuiu para ampliação dos desembolsos, que em 2001 haviam sido de R$ 300 milhões. De lá até o final de 2013, as liberações do FMM totalizam R$ 22,7 bilhões, de acordo com levantamento do Sindicato Nacional da Indústria de Construção e Reparação Naval e Offshore (Sinaval).
O emprego na indústria naval deu um enorme salto de nos últimos anos. No ano 2000, apenas 1910 pessoas trabalhavam no setor que atualmente emprega por volta de 78 mil pessoas nos estaleiros em operação. Nos próximos dois anos, quatro estaleiros entrarão em operação: Jurong Aracruz (ES, Enseada (BA), EBR (RS), e CMO (PE), o que aumentará a oferta de mão de obra.
O emprego na indústria naval deu um enorme salto de nos últimos anos. No ano 2000, apenas 1910 pessoas trabalhavam no setor que atualmente emprega por volta de 78 mil pessoas nos estaleiros em operação. Nos próximos dois anos, quatro estaleiros entrarão em operação: Jurong Aracruz (ES, Enseada (BA), EBR (RS), e CMO (PE), o que aumentará a oferta de mão de obra.
Segundo a projeção do Sinaval, o setor deverá gerar 30 mil novos empregos até 2016.
Apesar do aumento das importações de embarcações nos últimos cinco anos, desde a metade da década de 1990, o setor voltou a contar com forte estímulo do governo. No segundo mandato do então presidente Fernando Henrique Cardoso, foi aprovada a Lei do Petróleo e a Petrobras passou a liderar o mercado de contratação de embarcações de apoio marítimo via licitações, que originaram encomendas nos estaleiros nacionais.
Apesar do aumento das importações de embarcações nos últimos cinco anos, desde a metade da década de 1990, o setor voltou a contar com forte estímulo do governo. No segundo mandato do então presidente Fernando Henrique Cardoso, foi aprovada a Lei do Petróleo e a Petrobras passou a liderar o mercado de contratação de embarcações de apoio marítimo via licitações, que originaram encomendas nos estaleiros nacionais.
Nesse sentido foi criado em 1999, o Prorefam (Programa de Renovação da Frota de Apoio Marítimo), que tem o objetivo de substituir importações e estimular a produção de embarcações nacionais. Ainda sob a administração de FHC, nasceu o programa Navega Brasil, que modificou as condições de crédito aos armadores (empresas proprietárias de embarcações) e estaleiros, aumentando a participação do FMM (Fundo de Marinha Mercante) nas operações da indústria naval de 85% para 90%.
A partir de 2003, a segunda rodada do Prorefam contratou 30 novas embarcações nacionais e modernizou outras 21.
A Petrobrás determinou prioridade para estaleiros locais de navios e equipamentos de exploração e produção de petróleo pela Petrobras. Isso atraiu grandes grupos empresariais do país a investirem no setor.
O Prorefam aumentou significativamente a demanda do setor e reativou indústria naval brasileira. A prioridade dada por lei à bandeira brasileira nos serviços de apoio marítimo aqueceu o mercado interno e estimulou toda a cadeia produtiva do país.
Além de despontar no cenário nacional como polo da indústria naval, Santa Catarina caminha para ser o maior polo náutico do país. O Estado vem atraindo as melhores e maiores empresas estrangeiras do ramo.
O Prorefam aumentou significativamente a demanda do setor e reativou indústria naval brasileira. A prioridade dada por lei à bandeira brasileira nos serviços de apoio marítimo aqueceu o mercado interno e estimulou toda a cadeia produtiva do país.
Além de despontar no cenário nacional como polo da indústria naval, Santa Catarina caminha para ser o maior polo náutico do país. O Estado vem atraindo as melhores e maiores empresas estrangeiras do ramo.
Nos últimos anos, quatro das maiores fabricantes do setor investiram aqui cerca de R$ 100 milhões em novas unidades, desenvolvimento de produtos e tecnologia. Multiplicaram empregos, geraram mais know-how e ajudaram a aumentar o faturamento da indústria náutica local para cerca de R$ 300 milhões.
De acordo com a Associação Brasileira de Construtores de Barcos e Implementos (Acobar), Santa Catarina é o segundo maior polo náutico do segmento, com 21% do total de estaleiros em operação, perdendo apenas para São Paulo, com 35% das empresas.
No entanto, essa posição tende a se inverter em breve, com os investimentos milionários que o Estado vem recebendo de grandes marcas da indústria náutica mundial. Nos últimos anos, quatro das maiores empresas do setor investiram cerca de R$ 100 milhões em novas unidades, desenvolvimento de produtos e tecnologia em Santa Catarina.
Destaque para a empresa italiana Azimut-Benetti, que investiu R$ 40 milhões na primeira etapa da implantação da unidade brasileira para produzir iates de luxo, em Itajaí. O projeto completo do estaleiro envolve a criação de um polo náutico próprio, que demandaria recursos de R$ 200 milhões e a atração de outros investidores e fornecedores.
Além disso, a indústria náutica da cidade catarinense foi escolhida pela família para construir o veleiro Kat que está sendo utilizado na terceira grande viagem da família Schurmann: a Expedição Oriente. Construída no estaleiro Caçapava, a embarcação tem 80 pés de comprimento e 6,65 metros de largura, quilha retrátil de 18,5 toneladas e peso total de cerca de 67 toneladas.
Itajaí também é o berço da Fibrafort, maior fabricante de lanchas da América Latina em unidades vendidas, com mais de 13 mil embarcações da marca navegando em águas do Brasil e de outros 41 países.
Fontes: http://institutofisiomar.com.br/blog/?p=1727
No entanto, essa posição tende a se inverter em breve, com os investimentos milionários que o Estado vem recebendo de grandes marcas da indústria náutica mundial. Nos últimos anos, quatro das maiores empresas do setor investiram cerca de R$ 100 milhões em novas unidades, desenvolvimento de produtos e tecnologia em Santa Catarina.
Destaque para a empresa italiana Azimut-Benetti, que investiu R$ 40 milhões na primeira etapa da implantação da unidade brasileira para produzir iates de luxo, em Itajaí. O projeto completo do estaleiro envolve a criação de um polo náutico próprio, que demandaria recursos de R$ 200 milhões e a atração de outros investidores e fornecedores.
Além disso, a indústria náutica da cidade catarinense foi escolhida pela família para construir o veleiro Kat que está sendo utilizado na terceira grande viagem da família Schurmann: a Expedição Oriente. Construída no estaleiro Caçapava, a embarcação tem 80 pés de comprimento e 6,65 metros de largura, quilha retrátil de 18,5 toneladas e peso total de cerca de 67 toneladas.
Itajaí também é o berço da Fibrafort, maior fabricante de lanchas da América Latina em unidades vendidas, com mais de 13 mil embarcações da marca navegando em águas do Brasil e de outros 41 países.
Em sua trajetória de sucesso o estaleiro Kalmar também com sede em Itajaí, segue com direção e ventos próprios. A empresa especializada em marcenaria naval para a construção de barcos de lazer, fundada há 32 anos, é reconhecida internacionalmente pelo qualificado trabalho de construção, reforma e restauração de embarcações.
Reconhecido por yacht designers de todo o mundo o estaleiro criou uma especialidade rara diante dos demais estaleiros no Brasil. É referência na construção de embarcações - cascos, cabines, decks e interiores - feitas com técnicas modernas da marcenaria naval, que envolve, além da própria madeira, o uso de resina epóxi, compensado naval, lâminas naturais de madeira além de outros materiais de acabamento como tintas e vernizes específicos.
Reconhecido por yacht designers de todo o mundo o estaleiro criou uma especialidade rara diante dos demais estaleiros no Brasil. É referência na construção de embarcações - cascos, cabines, decks e interiores - feitas com técnicas modernas da marcenaria naval, que envolve, além da própria madeira, o uso de resina epóxi, compensado naval, lâminas naturais de madeira além de outros materiais de acabamento como tintas e vernizes específicos.
Esperamos que o país retome seu crescimento econômico e que a a construção naval retome seu crescimento, desenvolvendo o parque tecnológico, mercado de trabalho e desenvolvimento de nossa Marinha Mercante.
Luiz Fernando Nardes
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